sexta-feira, março 25, 2005

In love

É um sentimento estranho. Estranho a mim, pelo menos. E eu não sou boa falando de coisas que mal entendo. Nunca soube enrolar em provas, admiro quem sabe.
A culpa, na verdade, é desse sentimento estranho e, vou deixar claro, só dele. Mas me deu uma vontade de escrever sobre o que eu tô sentindo. Só por escrever, só por contar. Vontade de desabafar, na verdade.

É aquela sensação de que não importa quão perto, nunca é perto o suficiente. De que o gosto do beijo é sempre igual mas o sentimento é sempre diferente. Aquela sensação de que a intensidade chegou ao extremo, mas pode aumentar.
Aquela gana de fazer parte da vida e dos planos, de compartilhar desejos, de ter encontros românticos em sonhos longos.
Aquela certeza de que ao lado o mal é inatingível. Olhar pro lado e sorrir e se sentir confortada.
Aquela loucura da relatividade, quando um segundo parece um século, um centímetro parece um quilômetro, uma frase diz um texto ou não diz nada. Exatamente essa sensação de que ou tudo, ou nada.
Aquela agonia do "tchau" e felicidade do "oi".

Aquela falta de vergonha de ser patética, como sou agora. Fazer o quê? Eu tô apaixonada.

segunda-feira, março 21, 2005

No ônibus

Eu entrando no T7, com aquela cara mau-humorada (típica de quando tenho que pegar ônibus), olho em frente.
Então vejo um guria, sentada na primeira fila depois do cobrador, olhando na minha direção e rindo.

1ª reação: Procurar se tinha alguém sentado do lado dela, mas não, ela tava sozinha.
2ª reação: Ver se ela estava falando no celular, mas ela não tava.
3ª reação: "Será que ela tá chapada?"
4ª reação: "Será que tem algum problema com a minha roupa?"
5ª reação: "Será que ela tá apaixonada?"

Conclusão? Eu não sou mais aquela romântica inveterada que eu era antigamente. Os muitos erros pesaram. Mas ainda resta aquela menina em mim, especialmente quando escuto os seguintes versos:

"Já nao tenho dedos pra contar
De quantos barrancos despenquei
E quantas pedras me atiraram
Ou quantas atirei
Tanta farpa tanta mentira
Tanta falta do que dizer
Nem sempre é 'so easy' se viver
Hoje eu não consigo mais lembrar
De quantas janelas me atirei
E quanto rastro de imcompreensão
Eu já deixei
Tantos bons quanto maus motivos
Tantas vezes desilusão
Quase nunca a vida é um balão
Mas o teu amor me cura
De uma loucura qualquer
É encostar no teu peito
E se isso for algum defeito
Por mim tudo bem"
(Tudo Bem / Lulu Santos)

domingo, março 13, 2005

Eureka

Hoje, finalmente, entendi porque os homens têm quatro milhões de neurônios a mais que as mulheres. Porque, me perdoem as mulheres, eu não tenho a capacidade de entender de que jogo o narrador da Gaúcha tá falando quando estão sendo narrados dois ou mais jogos ao mesmo tempo. Principalmente quando o Grêmio leva três gols na corrida. Isso me deixa muito confusa.

- Gol do Inter, Rafa?
- Não, linda, gol do Caxias, ele tá no jogo do Grêmio agora.
- Será que é o mesmo gol de agora há pouco?
- Não, é outro gol, em menos de dois minutos.

Tem mais.
Eu escutei algo como "olha o Fernandão passou... Gol".
Já o Rafa escutou "olha o Fernandão passou pro Souza e gol".
O Fernandão eu conheço, mas nem sabia que tem um jogador chamado Souza no Inter, ele é bom?

Então é pra isso que servem esses milhões a mais... Quer saber? Nem fazem falta.

PS.: Amanhã começam as minhas aulas, tô feliz.

sábado, março 12, 2005

Ainda mais saudade

Tem horas em que estar longe de casa pesa.
É difícil na maior parte do tempo, mas em algumas horas é impossível.
Quando eu estou doente me sinto mais vulnerável, mais criança, preciso de mais proteção. Sinto falta de me sentir protegida.
Doente e carente.
Acho que a doença aguça a carência. Ou talvez muita carência seja a causa de um organismo fraco, logo, mais suscetível a mazelas.

Sexta - 11/03/05

Não estava bem.
Mal tinha conseguido comer uma canja e recusei um pedaço de torta de morango. Na cara que não tava bem. Comecei a ficar mal-humorada. E triste.
Não tava conseguindo trabalhar e olhava as mesas da redação e elas pareciam se afastar e se aproximar de um jeito estranho. E quis chorar.
Agüentei tanto quanto foi possível.

- Não tô me sentindo muito bem, só falta uma hora pra eu sair, posso ir embora?
- Claro, guria, peraí que eu peço pra um carro te levar em casa.
- Não precisa. 'Brigada.

Liguei pra minha mãe enquanto descia pela escada.
Ela começou a fazer aquelas vozes de mãe preocupada e a dar mil instruções que variavam desde soro caseiro até remédio (porque mãe sempre se acha um pouco médica, e a minha - por sinal - nunca erra o diagnóstico).
O Rafa me buscou e fomos na farmácia comprar Floratil, depois no super comprar coisas pra fazer sopa, depois pra casa descansar.

Já tô melhor. Mas continuo, apesar de todos os esforços do Rafa, me sentindo desprotegida. Ele ficou fazendo minhas vontades e cuidando de mim como só minha família sabe cuidar. Acho que aqui em POA, hoje, o Rafa é o único que sempre está disposto a cuidar de mim, e é a quem mais aproximadamente posso chamar de família.
Mas o resto da trupe faz muita falta.
Ainda bem que na sexta vou pra Rio Grande.

domingo, março 06, 2005

Sem comentários

Pois é, desde que a Fê reclamou publicamente do meu blog, pelo fato de ele ser um tanto quanto complicado de comentar, pensei seriamente em colocar o tal do Haloscan.
Pedi pro Rafa me ajudar a fazer isso, mas quando a gente finalmente instalou o negócio aqui no template, eu percebi que todos os cometários anteriores vão ter que desaparecer. Aí me deu uma pena de perder tudo o que já foi escrito antes. As críticas e os apoios. Mais apoios, aliás.
Eu vou mudar assim que possível. Colocar o Haloscan. O Rafa disse que dá pra guardar os comentários colocando uns esquemas antes e depois na linguagem do template. Pareceu fácil, do jeito que ele explicou. Eu não sei ser muito didática em assustos de informática, mas tens uns sinais que sigificam que as coisas entre dois sinais não vão aparecer no template. Cara, não sou nada didática para assuntos de informática.
Vou ter que me contentar em esperar novos comentários. Enquanto isso, vou controlando a minha vaidade. É ela que tá criando resistência...

quarta-feira, março 02, 2005

Tentação

Hoje aconteceu uma coisa tosca.
Eu tava no elevador, no trabalho, com um boy cheio de papéis na mão. Ok, até aí é normal. Do nada, ele falou:
- Essa gente deixa um monte de cheque, com uma grana preta, ao portador, nas nossas mãos. Coisa de louco...
Eu ri. Depois pensei melhor. Coitado, devia tá pensando em como o dinheiro poderia resolver os problemas.
Tomara que ele não tenha caído na tentação.