 Bastou eu comemorar que, pela primeira vez, tinha conseguido ligar para os 35 números da ronda das 4h sem ter que repetir nenhum, terminando a dita ronda em apenas 30 minutos (mesmo com uma prisão em Triunfo e um homicídio em Alvorada) pra tudo virar de pernas pro ar.
 Bastou eu comemorar que, pela primeira vez, tinha conseguido ligar para os 35 números da ronda das 4h sem ter que repetir nenhum, terminando a dita ronda em apenas 30 minutos (mesmo com uma prisão em Triunfo e um homicídio em Alvorada) pra tudo virar de pernas pro ar.Quando todos acordarem, provavelmente a mídia gaúcha só vai estar falando disso: dois homens em uma moto efetuaram quatro disparos contra cabines do pedágio da RS-040, em Viamão. Não satisfeitos, atiraram coquetéis molotov em duas das cabines. Ninguém se feriu durante os ataques.
Pra ter as minhas madrugadas agitadas coisas desse tipo precisam acontecer. E é incrível como o tempo passa mais rápido quando tem movimento.
Tudo é relativo mesmo.
Descobri o que mais me irrita durante as rondas na madrugada: a música de espera do HPS de Canoas. Sério. A insuportável canção toca enquanto a telefonista transfere a ligação pra Emergência. Espero que ninguém além de mim precise escutar aquela música - que mais parece um toque monofônico. Os segundos em que a ouço me estressam tanto, que tiro o telefone do ouvido. Ah, ainda por cima o som é estridente. E nem percebo quando a pessoa do outro lado atende.
- Thais? Thais?
- Alô.
- Thais, é a Fabiana, por aqui tá tudo calmo.
- Ah, obrigada, Fabiana. Como tu sabia que era eu?
- Quem mais liga todos os dias por volta das 4h?
- Ah, bom dia pra ti.
- Até amanhã.
Na ironia do meu sono afetado - logo eu, que amo dormir -, uma clássica do capitão Fernando, do Ciosp:
- Ciosp. Capitão Fernando.
- Bom dia, Fernando, é a Thais da Zero Hora. Alguma ocorrência grave por aí?
- Bom dia, Thais, a moça que nunca dorme. Por aqui, nada de vulto.
- Valeu.
 
 
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