quinta-feira, setembro 22, 2005

Quanto vale uma cortesia?

Estava eu, sentada nos banquinhos de pedra em frente à Fabico, conversando com a Flávia, depois da aula. Foi quando quatro crianças mal-vestidas, e com olhos esbugalhados, começaram a se aproximar. Eu, num instinto vergonhoso, segurei a bolsa mais forte.
Então um menino, não mais que quatro anos, se aproximou com uma flor vermelha, daquelas que têm na "floresta" da faculdade. Olhou pra mim e disse:
- Ó, tia.
E me deu a flor.
- Pra mim?! Muito obrigada.
A criança se afastou um pouco. Em seguida, se virou pra perguntar:
- Tem uma moedinha, tia?
Pensei, enfim, que gentileza, até isso, já vem com etiqueta de preço. E não dei a moeda.

sexta-feira, setembro 09, 2005

Coincidência

No dia onze de setembro os tios do meu namorado fazem aniversário.
Eles são gêmeos.

by mail

terça-feira, setembro 06, 2005

Coisas que mudam e coisas que devem continuar (precisam continuar)

* Parei de roer unhas. Já faz uns seis ou sete dias, mas poucas pessoas notaram. Também, elas (as unhas) estão pequenas ainda. Eu, é claro, já sinto uma baita diferença. E simplesmente não consigo explicar porque não tenho mais vontade de roê-las. Talvez tenha me livrado das carências da fase oral. A minha dermatologista disse que a minha obsessão por unhas tem explicação freudiana.

* Comecei um regime. Não é daqueles rigorosos em que a gente não pode nem pensar em alimentos excessivamente calóricos. Por isso eu acho que vai dar certo. Comer mais salada, menos pão, mais carne branca, menos massa. Optar pelo kit lanche ligth (uns lanchinhos subsidiados que a gente compra na Zero) e negar o doce, saboroso doce por certas vezes.

* De manhã, uma troca de mensagens engraçada com a minha mãe. Primeiro ela mandou uma mensagem que tava direcionada pra minha irmã, pra mim. Depois:
MÃE: "Tati, desculpa, mandei a mensagem pra filha errada. Bjos, mãe."
Sim, ela abreviou bjos. Achei engraçado.
EU: "Hehe. Eu notei. Bj, mãezinha. No findi eu vou ver vocês. Tô feliz."
MÃE: "Sou uma abobada, mas é muita tecnologia para meu pobre cérebro assimilar. Notou que eu achei os acentos? Bjos, mãe."
Na verdade eu não notei, porque os acentos não chegam na mensagem do meu celular.
EU: "Não é abobada, não. Quando eu conto pra pessoas que tu me manda mensagens, a maioria diz que a sua mãe não sabe mandar. Minha mãe é muito ESPERTA! Bj."
MÃE: "Obrigada, mas é que tu me amas com todas as minhas imperfeições. Faz parte. Beijooooooooos."
Sim, com todos esses os.
EU: "Amo mesmo! Beijão."
MÃE: "Eu amo mais."

* Estou fazendo academia. Por motivos estéticos – afinal, o verão tá aí e estou vários quilos acima do peso – e porque o meu otorrinolaringologista me recomendou exercícios físicos para a labirintite. As minhas pernas estão doendo um pouco. A minha barriga também. Mas eu vou ser recompensanda! De acordo com o instrutor, em um mês já notarei resultados.

* Enfim, hoje minha história de amor – bela e feliz – completa um ano. Um ano cheio de descobertas e, principalmente, cheio de problemas superados. De conversas sérias nos momentos certos. De muita paixão, cumplicidade e companheirismo. Sei lá como a nosso história vai acabar – espero que não acabe, mas cada segundo desse último ano valeu totalmente à pena.
Eu chego aqui, um ano depois daquele findi na praia, vendo que aquele menino tímido é o homem certo. Que sorte.