segunda-feira, agosto 30, 2004

Episódio do esquecimento!!

Esqueci de pegar o chaveiro quando tava saindo de casa, ou seja, fiquei do lado de fora!
Sem rumo... Tadinha!! Já tava considerando a idéia de ir dormir num banco de praça quando lembrei da Flávia, uma alma caridosa que me daria um leito!!
Os vizinhos agora devem me odiar... Eu trouxe a discórdia ao prédio (que exagero!).
Caso já resolvido, mas que foi cruel, foi...

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

Nada de choro...
Apenas um estado de choque, uma tristeza perceptível no olhar, um medo absurdo...
Se eu pudesse recomeçar, faria tudo de novo?
Sofreria tudo de novo, acreditaria tudo de novo, amaria tudo de novo?
O caos, de alguma forma, valeu a pena? Realmente queria ter essa resposta... E mais do que isso, queria não estar sentindo agora esse medo horrível de passar por tudo isso novamente.
Eu queria ser um pouco mais fria, não levar tudo tão a sério e, ao menos uma vez, me conhecer bem, me entender bem, pra não ficar com um cara de abobada por causa de um filme...
Eu queria ter persistência e boa vontade suficientes pra encarar os acidentes de percurso com naturalidade, pra conseguir esquecer tudo que foi dito e magoou, ou tudo que foi omitido e machucou demais... Queria conseguir recomeçar do zero, deixando esquecido em alguma parte em desuso da minha mente as coisas que me fizeram mal, pra poder tentar de novo, errar de novo, tudo de novo. Mas eu não consigo.
Pra mim, o caos já valeu a pena, não vale mais...

quinta-feira, agosto 26, 2004

Episódio do alagamento!!

Sábado (21/08) - mudança feita, ap todo direitinho...
Domingo (22/08) - estorou um cano da cozinha e o ap foi literalmente inundado!!
Que confusão... Agora o problema já foi resolvido, mas quando olhei todas as minhas coisas dentro daquela "piscina", deu vontade de sentar e chorar!!

Ps: até que enfim o Lico abriu e eu pude voltar a escrever...

Unwell - Matchbox 20

All day staring at the ceiling
Making friends with shadows on my wall
All night hearing voices telling me
That I should get some sleep
Because tomorrow might be good for something
Hold on
Feeling like I'm headed for a breakdown
And I don't know why

But I'm not crazy, I'm just a little unwell
I know right now you can't tell
But stay awhile and maybe then you'll see
A different side of me
I'm not crazy, I'm just a little impaired
I know right now you don't care
But soon enough you're gonna think of me
And how I used to be...me

I'm talking to myself in public
Dodging glances on the train
And I know, I know they've all been talking about me
I can hear them whisper
And it makes me think there must be something wrong with me
Out of all the hours thinking
Somehow I've lost my mind

And how I used to be
Yeah, how I used to be
How I used to be
Well, I'm just a little unwell
How I used to be
How I used to beI'm just a little unwell

quinta-feira, agosto 19, 2004

Em solo porto-alegrense

Até que enfim, cheguei!!
Minha vida vai tá uma loucura nos próximos dias por causa da minha mudança...
Tanto papo pra pôr em dia depois de um mês de férias...

quinta-feira, agosto 05, 2004

Apenas uma frase... E as coisas poderiam ter sido tão diferentes...

Uma pequena homenagem...

"Entre duas notas de música existe uma nota
Entre dois fatos existe um fato
Entre dois grãos de areia
Por mais juntos que estejam
Existe um intervalo de espaço
Existe um sentir que é entre o sentir, é aquilo que ouvimos
E chamamos de silêncio"
Clarice Lispector


Homenagem aos dias de silêncio e solidão que vou ter que enfrentar no próximo semestre, pois hoje confirmei a suspeita de que vou continuar morando sozinha...

quarta-feira, agosto 04, 2004

Não sei porque eu ainda continuo me enganando e fazendo planos pras férias... Tá, eu sei, elas não acabaram ainda, mas queria ter feito mil coisas a mais do que já fiz, tipo...

1. Terminar de ler Aritmética da Fernada Young - mas se já tô cansada de relacionamentos confusos, me recuso a ler sobre eles.
2. Ir muito ao cinema - aqui em Rg, eu tenho quase certeza, tá passando Titanic no cinema, e a versão antiga, não a última.
3. Sair bastante - é... na média, nada demais.
4. Entender porque meus cachorros começam a latir, pontualmente, ás nove da manhã - o mistério continua.
5. Ajudar minha irmã mais nova com a Matemática - eu esqueci muito do que aprendi, quase nem tô conseguindo ajudar ela!
6. Emagrecer - caso perdido, eu sei...
7. Me aprimorar no violão - se é que não continua sendo aprendizado, por razões óbvias que só meus vizinhos entendem.
8. Aprender a passar um dia perto do computador sem utilizá-lo - grande ironia, né?

terça-feira, agosto 03, 2004

"Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh, take me back to the start"
The Scientist - Coldplay

A "Certinha"

Nesse último semestre, um dos temas das redações do Seben era criar um texto como se fosse alguém muito diferente, adquirindo a linguagem e tal. Nunca me esqueço que tava no Dacom pensando sobre por quem me passaria, quando o Seben chegou. Eu falei pra ele que tava na dúvida sobre o que fazer e ele me disse pra fazer uma vadia. Eu perguntei "por quê?" e ele disse: "quem é a pessoa mais certinha da Fabico?".
Ok, eu sei que era um contexto bem diferente do de agora (namorado = menos festas), mas eu acho que ainda continuo com esse estigma... E, na verdade, tô bem cansada desse estigma, lido com ele há 21 anos!
O que eu tenho que fazer pra não ser chamada de certinha?
Tomar um porre e pagar um baita vale? Feito.
Tantas outras coisas que eu já fiz e foram tão desnecessárias... Não dar o devido valor a quem gostava de mim, brincar com o sentimento dos outros por pura imaturidade, correr atrás de pessoas pras quais eu não tinha nenhum valor... Eu já sofri tanto com meus erros que, acho até, queria ter sido mais vezes a "certinha".
Não tenho culpa se acordo de bom-humor; se tento não julgar as pessoas por uma ou duas ações; se acredito, ainda que quase nunca admita isso, em mudanças; se tenho um relacionamento ótimo com meus pais; se sei ouvir críticas; e se me entrego profundamente quando tô apaixonada (sem fazer a mínima questão de esconder dos outros isso, o que me rendeu até o apelido de "miss apaixonadinha").
Algumas coisas eu não faço não por ser "certinha", mas por uma questão de valores... Como trair, mentir, fingir ou fazer sexo sem amor. Nem quero mudar... Se meus valores e minhas convicções me tornam a "certinha", o que posso fazer? Um dia vou acabar aprendendo a lidar com esse estigma...

segunda-feira, agosto 02, 2004

Festa, festa e festa!!

Muito bom sair!
Eu, amigos e Polar... Perfeito!
Fazia horas que eu não saía, fui pro República (um barzinho que adoro em Rio Grande) assistir a um show do Só Fandango (músicas gauchescas) e me surpreendi: tava muito bom. Tenho sentido muita falta dos amigos de Porto, então me divertir aqui foi surpreendente!
Coisa de mulher que não tá acostumada a ser solteira... Passei tanto tempo namorando que desaprendi a sair sozinha, me afastei dos amigos daqui por vir pouco no último semestre e agora tava me sentido bem perdida.
Os meus vínculos em Porto são recentes, no primeiro semestre eu ia pra RG todo fim-de-semana, mas muito fortes... Tenho me sentido mais em casa em POA, do que em RG (tirando o fato de que lá eu moro sozinha, o que eu realmente odeio!). Ás vezes eu sinto que estar aqui é quase um retrocesso...
O povo da Fabico tá fazendo muita falta.
Nota mental: nunca abandonar os amigos!
Dancei, me diverti e fiz uma coisa que eu já não tava conseguindo fazer mais nessas férias: sorri...

domingo, agosto 01, 2004

Uma tarde sem sol... Voltinhas no Cassino... Uma grande confusão com o radiador do carro... Eu realmente deveria ter ficado em casa...
Hoje, finalmente, eu vou sair...

O que uma insônia não faz...

Vivo sob o jugo do meu telefone celular... Ontem, enquanto tentava dormir durante minha insônia costumeira, parei pra pensar e notei que o meu celular não tinha tocado o dia inteiro, nem ao menos uma vez. Nem mensagem, nem toque, nem telefonena. Nem a pessoa que anda me ligando constantemente, e coloca umas músicas bregas (estilo "você vai ver" do Zezé di Camargo e Luciano), me deu um toquinho ontem...
Então, refletindo as quatro da manhã, surgiu isso...

"Só por hoje eu não corri riscos, não me arrisquei. Só por hoje eu não te mandei uma mensagem com conteúdo alucinado e desesperado, esperando qualquer resposta, mesmo a mais humilhante. Só por hoje eu não te liguei, esperando escutar tua voz rouca de sono no outro lado da linha. Pra falar 'oi, desculpa, te acordei?' e mentir que não sei o teu horário de dormir. Só por hoje eu não tentei mudar minha vida, mostrar o que quero sem medo do que vão pensar, sem medo de ser rejeitada. Só por hoje, eu acho, não vivi."