segunda-feira, junho 27, 2005

"Ainda fora de funcionamento"

O que não funciona é a minha cabeça.
De onde eu tirei isso?
Título de blog em matéria da Geral.
O que aconteceu?
É claro que o título é pouco compreensível.
E eu sou estúpida.

domingo, junho 26, 2005

Vícios e artifícios

O dia passou voando. Na verdade, o tempo tá fugindo, já nem o sinto mais. Meu aniversário tá quase aí. E nesse ciclo que a gente apelida de vida, um ano se passou. É o começo do fim. Meio ingênuo pensar sobre mim, sobre tudo o mais. Sobre algumas certezas que se foram e outras que vieram.
No último ano fiz esse blog.
Arranjei um estágio.
Me apaixonei.
Arranjei um emprego.
Aprendi mais da minha profissão do que nos dois anos de faculdade.
Fiquei um verão sem férias.
Chorei dez vezes mais do que queria.
Sorri dez vezes menos do que merecia.
Aprendi a viver longe de casa e a ficar sozinha.
Desaprendi tudo.
Aprendi a controlar o amor e, quem diria, me tornei uma descontrolada.
Aprendi a me calar e me cansei de ouvir.
Entendi que o pior lado das pessoas, muitas vezes, é o melhor lado que elas conseguem mostrar.
Fiquei viciada em Coca-Cola Light Lemon e em carinho.
Essa menina de - quase - 22 anos tem medo de aprender demais e se tornar mulher. E essa mulher espera pelo simples fato de querer. E quer.

quarta-feira, junho 22, 2005

Estabanada

Caí da escada da Fabico hoje. Tava falando no celular e meu tamanco assassino andou mais que meu pé. Resbalei e caí de bunda. Ridícula. Um grito sutil. Olhares meio constrangidos. Tanto faz. Levantei, com a ajuda de duas almas santas (Fly e Pati).
Lembrei que, quando eu era bem pequena, era tão desastrada que me chamavam de Adriana. Adriana era a personagem da Claudia Raia na Rainha da Sacuta. Uma bailarina muito desastrada.
Pudera, eu tava sempre me batendo, com olho roxo ou com a perna tão marcada quanto os moleques. Pensando bem, eu era uma moleca. Subia em árvores e jogava taco no meio da rua, reclamando dos carros que passavam.
Caí da escada. Não sei se era um sinal ou coisa do tipo, mas fiz a entrevista pra seleção do Copy da ZH. Logo hoje que tava precisando de sinais positivos...

Ameaçada

Há muito tempo não sentia tanto medo.
Uns três anos, pra ser mais específica. Eu subi num edifício e olhei lá pra baixo, do 15º andar, de uma parede toda de vidro. Por alguns segundos tive a certeza de que o vidro não existia. Como tenho acrofobia, senti um medo absurdo.
Ontem foi pior.
O Rafa me buscou na Fabico e a gente foi caminhando para minha casa. Só queria chegar lá rápido pra comer a picanha que meu pai me mandou. Tá, eu sei, é estranho receber um pedaço de picanha de presente, mas ele sabe que eu adoro churrasco e não pude ir pra Rio Grande. Bom, ele mandou, eu ia comer.
Então a gente seguiu caminhando pela Ramiro, dobrou na Ipiranga e esperou um pouquinho na parada com a Flávia. Quando o T1 chegou e ela subiu, a gente seguiu caminhando. Passamos pela sinaleira da Silva Só e foi aí que o Rafa notou que tinha um cara nos seguindo.
Seguimos pela Silva Só e dobramos na Felipe de Oliveira. E o cara se aproximando cada vez mais. Resolvemos entrar na Academia da Brigada Militar. Entramos. E o cara também! Entrou, foi até perto de onde a gente tava, olhou a quadra de futebol, olhou a gente um pouquinho, deu as costas e saiu.
Foi aí que notei que não era um cara, era um guri. Não muito baixo, mas magro. Com uma toca e uma jaqueta dessas de surf. Sabe-se lá o que tinha nos bolsos. Talvez um canivete, talvez uma faca, talvez uma arma carregada. Nem sei se quero saber.
A gente esperou um pouco e saiu também. Quando olhamos pela rua, ele estava seguindo pela Felipe de Oliveira e, quase na esquina, atravessou a rua. Atravessou perto de uns caminhões e se escondeu atrás deles. Eu já tava apavorada. Com os olhos arregalados. Muito suspeito o guri ficar nos esperando na esquina.
Resolvemos, então, seguir por outro caminho. Voltamos a Felipe de Oliveira, depois Silva Só e Ipiranga. fomos caminhando pela Ipiranga. Quando estávamos quase na esquina, eis que o guri surge, dobrando a esquina na nossa frente, mas não pro lado que a gente tava, pro outro. Seguiu caminhando de costas pra nós e desapareceu atrás de um muro. Aí, sim, tremi da cabeça aos pés.
Paramos e ligamos pra um táxi. Quatro reais não é nada perto de segurança. Ruim é sentir essa sensação de impotência. Horrível é não poder mais andar três quadras sem sentir medo. Pior ainda é saber que isso não tem solução.
Mas chegamos em casa bem, isso é o que importa, no fim, não é? E a picanha tava uma delícia.

terça-feira, junho 21, 2005

Ap (não, nada de festa)

Espaço suficiente pra uma pessoa morar. Espaço pra um casal, quem sabe, se for bem apaixonado e gostar de ficar bem juntinho. Mas é um espaço pequeno demais pra duas irmãs.
Desde que a minha irmã se mudou pra Porto, a gente tem morado juntas, nesse pequeno ap. Não tem sido ruim porque eu quase não fico em casa. Se ficasse mais em casa, não sei como seria. De qualquer forma, a gente vai se mudar em agosto. Não sei se pra um ap com dois quartos. Mas, menor que esse, impossível.
Hoje de manhã, no ápice da descoordenação causada 40% pelo sono, 40% pelo frio, 10% pela pressa e 10% por problemas neurológicos, eis que estávamos nós duas no banheiro. Eu e a Mi. O banheiro é minúsculo. Quando me abaixei para tirar a calça do pijama - o chuveiro ligado e algumas gotas já saltando no meu pé - não notei que a Mi tava escovando os dentes. Levantei a cabeça com rapidez, queria entrar no banho logo, pra acordar logo. Levantei a cabeça e a bati com toda a força na portinha do armário do banheiro.
Toda a força mesmo. Inclusive, quebrei a portinha. Tô com uma dor na cabeça, no local da pancada. Acho que vai nascer um galo.
Que essa mudança, pra um ap maior, chegue logo.

Repercussão

Não é que criaram uma comunidade orkutiana em "homenagem" ao babaca que me incomodou no citado abaixo? Criaram.
E já faço parte dela.
Quem quiser se unir, está entre as minhas comunidades. Chama-se "Thomas Veiga é um imbecil" ou algo do gênero.

domingo, junho 19, 2005

Get a life

Muito irritante.
Já tinha ficado bem enojada quando um imbecil me convidou pra fazer sexo por um scrap. As coisas estão indo longe demais.
A última:
"Fala guria. Quanto tempo que não te vejo. Não foi por falta de tentativa. Lembro o tempo todo daquela época. Ve se me liga, sei que vc ainda tem meu telefone. Não te esqueci, e te lembra que não existe caminho sem volta. Deixa esse cara, tu não gosta dele, e por favor... Tu consegue coisa melhor que este traste!"
Nunca vi na vida!
Mas já respondi:
"Na boa, get a life!"

terça-feira, junho 14, 2005

Cara nova

Depois de muito trabalho e intensas discussões sobre espaços entre títulos e textos, cá está o novo template. Devidamente projetado por mim e feito pelo Rafa.
Aceitamos elogios.

domingo, junho 12, 2005

Feliz dia, namorando ou não

Dia dos Namorados.
Use essa desculpa.
Ligue. Fale de amor. Dê beijos apaixonados.
Fale com quem ama.
É um bom motivo, eu garanto.
Fiz isso hoje. Já liguei pra Lara, já falei com meus pais, já disse "eu te amo" umas dez vezes.
Um dia pra se demonstrar amor, não só ganhar presente.
Como se a gente precisasse de desculpas pra dizer que ama...

terça-feira, junho 07, 2005

- Tô cansada de trabalhar...
- Eu também, tô precisando de férias.
- Vou largar tudo, não agüento mais.
- ...
- ...
- A gente podia ir morar na praia.
- Vender coco?
- É, a gente passa o dia na praia, vendendo coco.
- Onde?
- Em Garopaba.
- E a gente vai fazer aqueles luais cheios de fruta e com um cara tocando violão?
- Claro, eu toco o violão.
- Tá, quando a gente vai?
- Sei lá, a gente larga a faculdade.
- Amanhã, então.
- Amanhã.
- É, amanhã.
- Tá, agora levanta rápido que eu tô atrasada pro trabalho.