terça-feira, março 21, 2006

Greve por greve

Tem muita gente que chama de vagabundos, ou coisa pior, os professores em greve no magistério estadual. Sempre fui aluna de escola pública, do jardim de infância até a formatura no Ensino Médio. Tão bem quanto todos estudantes desses colégios estaduais, sei como o aluno é afetado por uma greve.
Contudo, sendo filha de professora estadual, também tenho consciência de como são os salários. Sempre preenciei a dedicação da minha mãe por uma escola, trabalhando o dia inteiro por mais de trinta anos e ainda levando provas e trabalhos pra corrigir em casa. Por isso, reconheço, sem medo de críticas, como os professores são merecedores do reajuste pedido. É mais do que justo, necessário.
Errado, falso, dissimulado e incompetente é o governo (com letra minúscula mesmo) que mantém o salário de muitos trabalhadores abaixo do mínimo nacional. Nosso governador, agora derrotado pelo Garotinho (o que por si só já é motivo para um suicídio), que reveja nessa semana suas promessas de campanha.
Já bati sineta pela avenida Silva Paes, em Rio Grande, ao lado da minha mãe. Estaria do lado dela agora, dando o mesmo apoio, não morasse em outra cidade.

FALANDO EM SALÁRIOS...
Não é que 117 desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais ontem resolveram fazer uma paralisação? A causa deles: o teto salarial de R$ 22,1 mil. Na ponta do lápis e em tempo, R$ 22,1 mil sustenta muito bem umas dez pessoas.
Quem são os vagabundos, mesmo?

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