sexta-feira, outubro 07, 2005

Kelly Cristina (e como meus pais não cresceram)

Semana passada fui pra Rio Grande. O melhor de ir pra lá, além de ser mimada 24 horas por dia, é deitar na cama dos meus pais e ficar conversando com eles sobre o passado. Tá, eu sei, essa frase ficou melancólica. Mas quando se teve a infância feliz que eu tive, com pais presentes, irmãs pentelhas (irmãs sempre são pentelhas) e um bocado de amigos, é difícil não ser saudosista.
Meus pais eram participativos mesmo, no sentido mais exagerado da palavra. Quando eu fazia teatro, meu pai fez o cenário de uma peça e minha mãe maquiou o pessoal no dia da apresentação. Lá se foi toda a sombra preta da minha irmã mais velha, caréssima. A peça era sobre bruxas... Entre outras coisas, como o meu pai embarcar em todas as nossas manias. Um dia perna de pau, no outro, pipa. E minha mãe ir a todas as minhas apresentações quando eu cantava num coral. Nem eu aguentava ir a todas...
Bom, mas retornando à idéia inicial. Falou-se de passado. Estava deitada no meio dos dois, lembrando de uma cadela que a gente tinha, a Kelly Cristina. Tão feia ela ficou quando perdeu os dentes... Então perguntei pra eles de onde tinha vindo o nome. O meu pai se adiantou na explicação, falando que, inicialmente, o nome ia ser só Kelly, mas a minha mãe anexou Cristina, devido a uma ex-namorada dele.
Fiquei rindo por muito tempo. A minha mãe com uma cara de culpada, rindo também.
E eu pensei que não é tão no fundo que eles são apenas crianças grandes.

2 comentários:

Raquel Hirai disse...

Ai ai, amiga. Desde o primeiro semestre da faculdade que temos histórias comuns sobre finais de semanas interioranos... Das últimas vezes que fui para Pelotas tenho dormido ao lado da minha mãe.
(Kelly Cristina não combina em nada; realmente, precisava de uma boa explicação)

Raquel Hirai disse...

E aí, amada? Atualização nem pensar? Beijocas!