domingo, dezembro 04, 2005

Entre as mais estranhas

de trabalhar de madrugada, na minha curta experiência de quatro dias na madruga da Agência.

- Olhar pela janela e ver que o dia amanheceu, como se tivesse acontecido de um minuto para o outro.
- Ficar confusa entre dizer "bom dia" ou "boa noite" para os policiais que atendem durante as rondas.
- Tentar recuperar o sono e, finalmente, sentir na pele a poluição sonora de Porto Alegre.
- Não poder beber de noite, que é horário de beber. Não sempre, claro.
- Ver a faxineira limpar o Copy. (Cheguei a pensar que ele era auto-limpante).
- A faxineira perguntar: "e o guri que ficava aqui?", aparentemente desconsolada com o fato de não ser mais ele a encontrá-la pela manhã.
- Ficar novamente confusa, mas quanto ao dia da semana.
- Silêncio.
- Piscar forte quando o sono bate, dar uma voltinha, beber água gelada e rezar para que a pessoa das 8h não se atrase.
- Cair na cama sem falar qualquer palavra, e ser compreendida por isso.
- Acordar depois das 15h e também ser compreendida por isso.
- Ver os filmes pornográficos do Intercine Brasil de segunda pra terça. Juro que por falta de opção: a Globo tem que ser gravada 24 horas por dia.
- Não falar 70% do tempo.
- Falar sozinha 10% do tempo, pra não perder a prática.
- Imaginar como está o sono de quem está em casa, na cama quentinha.
- Sentir muito frio - não tenho certeza sobre isso, mas acho que por causa da pressão, que baixa com o sono.
- Ter uma vida predominantemente noturna e dormir pela manhã, quando durante toda minha vida fiz o contrário.
- Não esquecer: é temporário.

2 comentários:

Anônimo disse...

ah e escrever no blog né, heheh
pelo que vi no horário de publicação, ele foi na madruga
calma amiga! tudo tem volta!
bjãoo

Karine disse...

muito boa a parte dos 70% do tempo em silêncio e 10% falando sozinha.
só tenho uma coisa a dizer: força!
ahn, duas: boa sorte também.