terça-feira, janeiro 30, 2007

Down

Um sentimento ruim dentro do peito. Uma angústia, uma sensação que custa a passar, que deixa a garganta trancada e o grito não sai. Que deixa uma lágrima sempre prestes a rolar pelo rosto. Que aumenta no silêncio e no escuro. Tem coisas que não consigo entender. Destino? Designação divina? Como mesmo? Tem coisas que não entram na minha cabeça. Que não me convencem. Pensar que podia ter sido eu, mas não foi, me torna egoísta? E se a sensação de saudade já é por demais ruim, pensar que não faço tudo o que posso fazer é pior ainda. Desconforto. Quantas pessoas cumprimentamos por cumprimentar. Nem nos importamos com elas. E quantas pessoas deixamos de conhecer por arrogância ou por mágoa. Quantos dias são apenas dias, sem nada de especial. Quantas noites são apenas tristes. Tantas delas sozinha, mesmo acompanhada. Nada é simples e tudo é simples. Não são as mulheres que complicam demais, embora adorem complicar. Tudo já é naturalmente complicado. Esse medo de perder impede que se viva, mas de que adianta viver se não houver esse medo de perder? E porque essa dualidade permanece por todos os dias, por todas as horas, até em sonhos, até em pesadelos. As palavras nunca fazem sentido mesmo, mesmo quando me esforço para que sejam o menos bobas possível.

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