É um sentimento estranho. Estranho a mim, pelo menos. E eu não sou boa falando de coisas que mal entendo. Nunca soube enrolar em provas, admiro quem sabe.
A culpa, na verdade, é desse sentimento estranho e, vou deixar claro, só dele. Mas me deu uma vontade de escrever sobre o que eu tô sentindo. Só por escrever, só por contar. Vontade de desabafar, na verdade.
É aquela sensação de que não importa quão perto, nunca é perto o suficiente. De que o gosto do beijo é sempre igual mas o sentimento é sempre diferente. Aquela sensação de que a intensidade chegou ao extremo, mas pode aumentar.
Aquela gana de fazer parte da vida e dos planos, de compartilhar desejos, de ter encontros românticos em sonhos longos.
Aquela certeza de que ao lado o mal é inatingível. Olhar pro lado e sorrir e se sentir confortada.
Aquela loucura da relatividade, quando um segundo parece um século, um centímetro parece um quilômetro, uma frase diz um texto ou não diz nada. Exatamente essa sensação de que ou tudo, ou nada.
Aquela agonia do "tchau" e felicidade do "oi".
Aquela falta de vergonha de ser patética, como sou agora. Fazer o quê? Eu tô apaixonada.
Há 13 anos