segunda-feira, agosto 22, 2005

Seu Edgar

Vou me mudar.
A proprietária quer o ap de volta. Além do mais, ele já estava pequeno - ou melhor, minúsculo - pra mim e pra Mi. Visitei quatro lugares diferentes e me apaixonei por um. Acho que meu novo lar vai ser ali na Loureiro da Silva. Falta a parte burocrática.
Lembrei disso porque não queria sair da São Vicente sem saber o nome do guardinha da Felipe de Oliveira. Aquele que me chama de "amiga" e me deseja "bom dia" todos os dias. Sejam bons ou não.
Pensava nisso enquanto ia da Fabico pra casa e o vi, uns cem metros de distância (aquela quadra é larga). Fui caminhando e elaborando algum tipo de abordagem, pra dizer que acho nobre o jeito que ele trata as crianças - o vejo todos os dias no horário da entrada da escola, quando passo atrasada pra faculdade.
Pensei em perguntar seu nome, apenas o nome, mas não teria coragem. Não teria mesmo. Sei lá o porquê. Melhor esperar a minha mudança estar confirmada.
Devaneando, nem percebi uma criança que passava correndo do meu lado.
- Seu Edgar! Seu Edgar!
Corria. Gritava. Corria. Um voz infantil e doce.
- Seu Edgar! Seu Edgar!
Então a vi chegar até ele, o guardinha da Felipe de Oliveira.
- Seu Edgar, posso usar teu celular porque eu acho que a minha mãe se esqueceu de me buscar?
Ele riu pra ela. Levantou a cabeça, riu pra mim.
- E aí, minha amiga, tudo bem?
Esboço um sorriso amistoso, daqueles que envolvem boca e olhos. Tento passar alguma ternura pra responder:
- Tudo tranqüilo.
Na verdade, nem tudo, mas deixa pra lá, seu Edgar.

2 comentários:

Anônimo disse...

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ah até que enfim descobriu o nome do guardinha misterioso, heheh
bjos
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