quarta-feira, fevereiro 22, 2006

Mr. Nice Guy and Band

Tudo bem, eu também amo eles. Poucos não amam. Mas o Bono tá exagerando na sua mania de defender todas as boas causas possíveis. Achei exagero aquela história de dizer que Deus é brasileiro. Até porque, em Buenos Aires, ele diria que Deus é argentino, e assim sucessivamente.
Marketing é diferente de falsidade. Ou não?
Outra coisa que não gostei foi "Brasil, vamos para o hexa!". Pra mim, renegou a seleção de futebol, renegou a nação. Sim, por isso me decepcionei tanto com o Scolari. Brasileiro que é brasileiro pode chamar a seleção de tudo, pode falar mal dos jogadores, pode xingar até o diabo de indignação, mas torce pela amarelinha.
Os símbolos religiosos misturados achei interessante. Aquele gurizinho cantando desafinado me irritou um pouco.
Na verdade, me irritou estar em casa, tentando dormir pra encarar tranqüila mais uma madrugada de trabalho, enquanto a banda que tanto norteou as minhas idéias na adolescência estava tão perto. Tão longe.
Nos meus 16 anos me prometi que, quando tivesse dinheiro suficiente, iria pra Europa, de preferência pra Itália, só pra ver um show do U2. Isso foi antes de eu decidir que queria fazer jornalismo. Agora, no máximo, eu planejo ver um show do Nenhum de Nós no Planeta.
Tudo bem, a gente tem que aprender a viver com as frustrações. Eles vieram em 1998, talvez voltem em 2014. Que merda. Bem que o Bono poderia parar de defender todas as causas nobres do Universo pra não morrer em algum atentado e me impedir de realizar o sonho de vê-lo cantar. Assim, ao vivo, claro.
Uma coisa é certa, a Folha de São Paulo exagerou na capa:

"Bono é a encarnação roqueira do politicamente correto - ao menos em parte, um chato. Equivocado também: mal desembarcou e já saiu correndo para emprestar seu prestígio a Lula. Faz parte daqueles formadores de opinião que acreditam em duendes progressistas do Terceiro Mundo."
Marcos Augusto Gonçalves/ Editor da Ilustrada

Se eu não tivesse certeza de que, na verdade, é um ataque direcionado ao nosso presidente ex-metalúrgico, respingando no aclamado vocalista, até acharia que o tal editor também tem ciúme da tal Katilce: tá é afetado.

10 comentários:

Anônimo disse...

Sem comentários até que seja retificado.

Thais Sardá disse...

Tá bom, eu pensaria duas vezes...

Anônimo disse...

eu adorei o show. mas em alguns momentos bateu uma vergonha alheia. o bono descarrega tantas mensagens políticas que chega a ficar chato.

Anônimo disse...

O Bono é oportunista. Fala, canta e faz o que as pessoas querem ver e ouvir.
Puro marketing.

José Rafael, ainda esperando a retificação...

Anônimo disse...

pô, agora tu disse coisas das quais eu (ainda) desconfio. às vezes acho meio Mktg mesmo.

pô maior pressão aí!! uhú

Thais Sardá disse...

Pois é, foi o que quis dizer com o post. Ele exagera na demagogia.

Thais Sardá disse...

Por livre e espontânea vontade, sem qualquer tipo de pressão de nenhuma parte ou qualquer tipo de chantagem, venho a público esclarecer que não beijaria o Bono.
Tá bom assim, amor?

Anônimo disse...

Faltaram as desculpas formais e os pedidos de perdão. Mais veemência, por favor.

Thais Sardá disse...

Como diria Bono Vox: "in the name of love..."

Anônimo disse...

hehehehe