quarta-feira, janeiro 19, 2005

Falta de dengo

Pra começar, não tinha Sol. Ninguém, absolutamente ninguém, merece ter apenas um fim-de-semana de folga por mês, ir pra praia e ter que enfrentar dias nublados. Odeio dias nublados. Dá uma idéia de indecisão. Que chova ou faça Sol. Tudo, menos dias nublados insossos.
Ok, não tinha Sol mas apenas o tempo não ia estragar meus planos.
Sábado de manhã acordei cedo e fui pra praia. Definitivamente não dava pra ficar sentadinha na cadeira, esperando o Sol dar as caras. Já tava ridículo. A previsão pra um dia bom era inexistente, ou seja, esperava em vão. Então resolvi dar um mergulho rápido, lavar a alma, sabe? Água salgada me faz um bem danado. Entrei. "Ai, que frio!". Pé. Batata da perna. Ai, a coxa. Não sei porque mas que coisa estranha quando a água chega na coxa. Não, não, a barriga é pior. "Meu Deus, o que eu tô fazendo aqui?".
E dei um mergulho rápido, pra me molhar por inteiro."Hum, não é tão ruim assim". E fui me acostumando com a temperatura da água, lentamente. Até que já pulava como criança, de um lado pro outro, e plantava bananeira. Sim, eu planto bananeira em baixo d'água, porque fora dela eu nunca consegui direito. Quase uma frustração. Quase.
Foi que aconteceu... Senti algo no meu pé, e doeu. Doeu como se queimasse. E fui comentar isso quando senti de novo, agora no meu braço. Maldita mãe-d'água. Ela fez a volta no meu pulso, como se fosse uma pulseira. Doeu demais. Queimou. E eu comecei a sair da água correndo, quando a senti novamente, por cima do meu pé. Era só o que me faltava: virar alvo de mães-d'água.
Saí do mar cheia de quiemaduras e com uma frustração absurda. Fui até minha casa andando, é perto, umas três quadras, e fazendo força pra não chorar. Sim, eu ainda choro quando me machuco. Cheguei em casa com o pulso e o pé direito inchados, cheio de pequenas bolhas. Ainda por cima era nojento!
Minha mãe colocou uma pomada por cima das queimaduras e logo a dor foi diminuindo, diminuindo. O pulso desinchou e eu fiquei melhor. Pra falar a verdade, achou que não foi o remédio que me fez melhorar, foi a minha mãe passando o remédio, falando: "coitadinha da minha filhinha gordinha, machucou o bracinho".
Foda, mas eu não passo de um bebê.

2 comentários:

Anônimo disse...

ah tata, isso só acontece contigo neh?
pobre amiguinha desastrada, hehehe
bjinhos, já estou com saudade das suas "aventuras"
Fly

luís felipe disse...

que azar...

"Sim, eu planto bananeira em baixo d'água, porque fora dela eu nunca consegui direito. Quase uma frustração. Quase."

eu também! sabe que pensei nisso quando fui pra praia, como me sentia frustrado por não conseguir plantar bananeira fora d'água. Acho que com esforço nós conseguiríamos. Mas aí perderia a graça de fazer isso na água...